Quem são os Poetas?
Estrangeiros, extravagantes, carecem sofrer de amor para não esgotar as fontes para os seus poemas doidos, escrachados, doídos e críticos. Com muito amor. A poesia nasce em suas almas todos os dias como o sol nasce para o mundo. Nem sempre falam de si ou contam as suas histórias. Dissimulam o que sentem. Seguem pela vida amando sempre muito, as vezes, trocando de pares, de ares e de lugares, num susto sob o fio da navalha entre a razão e a loucura, tão perigoso é viver poeticamente.
A precisão de estar só os fazem muitas vezes esquivos e incompreendidos. Quando chega o arrepio seguido do incontrolável desejo de copular com as rimas que sensualmente se expõem bailando no interior de sua alma, o coração pulsa forte, o sangue ferve e todo o corpo respondendo a explosão com o prazer total de contar em rimas.
São loucos e insuportáveis quando interrompidos no seu poetar. Ficam impacientes. Precisam ficar a sós com a pena e o papel retornando o amor a três. Iluminados necessitam das crises de introspecção para alimentar a chama e no silêncio ouvirem as suas vozes interiores . Aí ficam num canto taciturnos e macambúzios como enjeitados.
Outras vezes, tem a maior necessidade de ver gente, muita gente para captar-lhes os mistérios e segredos e saciar de verdades os seus poemas. Se abastecem de sonhos dourados e ressurgem agoniados. São ingênuos Quixotes parindo sôfregos os filhos do êxtases alucinado entre a pena e o papel, onde os Poetas são “voyers” inspecionando despudorados e atiçadores.
1 Comentários:
Às 31 de julho de 2009 às 11:42 , Marcello disse...
Ser poeta é sentir a potência das coisas, vivê-las e regurgitá-las no papel ... ou não, como diria Caetano ....
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